terça-feira, 22 de maio de 2012

Como mimar o parceiro # 2

E a Maria lança mais uma sugestão para se tornar um óptima namorada e esta, esta, eles vão adorar!

Assista ao jogo inteiro com ele.
Se há coisa que não vai mudar num homem é o futebol. Claro que hoje em dia já ouço homens dizer que não ligam a futebol e tal, mas também os ouço dizer que gostam de assistir a um jogo de vez em quando.
Mostrar que se interessa por um hobbie dele é importante e vai fazer-lhe sentir não culpado por o fazer. Tudo bem que podem achar que futebol não tem nada de interessante, que são só 22 jogadores atrás de uma bola, e tal e coiso, mas em pleno século XXI penso que já somos mais desenvolvidas que isso, ou, pelo menos, deveríamos ser. Se não é desenvolvida o suficiente para perceber a essência do futebol ou sequer para tentar gostar, finja! Claro que não é fingir do modo literal, não sou apologista de mentiras e fingimento é uma forma de mentir. Ele pode saber que não gosta de futebol, mas isso não implica que não possa assistir, um vez por outra, a um jogo com ele. Chama-se ceder e, normalmente, uma mulher tem muitas dificuldades em ceder quando o assunto é futebol. Contudo, tem de perceber o tipo de homem que tem em casa e a ocasião, há jogos que são apenas momentos de relaxamento com amigos e nesses, minha amiga, não meta os pés. Outros, que ele irá gostar de exibir a namorada perante os amigos: «Olhem, tenho uma namorada que vê futebol comigo» e vai sentir-se o macho alfa por uns tempos. 
Mas atenção, caso seja das que não gostam de futebol e mesmo assim decide ir, por favor, vá com vontade. Pior que não ir, é ir e passar o tempo todo a reclamar. Isso, deixa os homens com a cabeça em água e não vai ser agradável nem para um, nem para outro. Portante, aproveite o momento, nem que secretamente, em vez de tomar atenção ás tácticas, espreite para escolher o jogador que mais lhe agrada, o que parece ter mais músculos ou ser mais giro.

Quem eu não era ou era e não sabia.

Desde que aqui a Maria-Ninguém enfeitiçou o seu querido Zé com um charme incalculável, uma inteligência devastadora e umas mamas assim para o infinitas, as coisas aqui na mente de Maria têm ficado estranhas. Eu sei que cada um carrega, que nem um camelo, uma bagagem (uns mais que outros e eu, definitivamente, mais que ele) e sempre me ensinaram que é preciso respeitar e não julgar a bagagem dos outros. Mas tenho de admitir que não deixa de haver um desejo secreto de revistar a pente fino a bagagem do meu zé que nem uma polícia maluca e desequilibrada e pior, pior que isto, é haver um desejo secreto em que a outra gaja que dormiu anteriormente nesta cama seja assim para o feia, ou burra que nem uma porta ou então com um ar labregueiro. Está-nos no sangue, mulherio.
E não nos ficamos por aqui. Há sempre uma tendência compulsiva de relembrar os defeitos (vá, supostos defeitos) da anterior namoradinha, com um discurso um tanto ou pouco hipócrita de ''ela fazia mesmo isso?!'' - ah, ladies, ah maria-ninguém - que coisa esta das mulheres quererem a todo o custo sentirem-se melhores rebaixando a pobre coitada da anterior. Apesar, apesar que às vezes temos razão e as nossas teorias pseudo-ciumentas até se encaixam. 
Mas ciumes à parte, a relevância está em que aqui a Maria-Ninguém entendeu que não é isso o importante, que passado é passado e por algum motivo as coisas acontecem como acontecem e com quem acontecem. E que o meu Zé era o Zé-de-Alguém, mas agora é o Zé-da-Maria-Ninguém.

Custa entender isto, mas sabe tão melhor depois. E o que sabe ainda melhor é a construção conjunta de uma nova história de amor, sem olhar para trás.

(Atenção: Conste que o Zé-da-Maria-Ninguém não é o Zé-Ninguém aqui da Barraca.)