sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Solidão é o pior do mundo.

Se há coisa que me faz ficar triste é a solidão. Não a solidão ocasional, que essa eu aprecio muito e não a dispensaria por nada. Mas sim, a solidão de não ter ninguém que se preocupe connosco.
Sempre tive uma família enorme, daquelas que toda a gente quer ter, daquelas que nos rimos até doer a barriga e que conseguimos ter conversas muito sérias. Daquelas que toda a gente se lembra do aniversário de toda a gente. Daquelas que se eu for para o hospital com uma gripe, toda a gente liga como se eu estivesse a morrer. Daquelas que realmente se preocupa. Daquelas famílias fixes. Mas há quem não tenha. E isso faz-me uma confusão tremenda. Como é que alguém passa uma vida inteira neste planeta e não tem ninguém que se preocupe realmente?

O ano passado,  cheguei a casa da minha mãe para passar o Natal e tinha um senhor que eu não conhecia de lado nenhum. Um senhor que passou o Natal connosco porque não tinha ninguém com quem passar o Natal. Um senhor que ninguém se interessava se ele estava ou não sozinho.

Não sei porque razão aquele senhor estava sozinho no mundo, se por culpa dele ou por culpa da vida, mas não deixo de ficar sentida. Esta semana vi o senhor todos os dias e todos os dias fiquei triste.